segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

"Com grandes poderes vem grandes responsabilidades"


Não, você não leu errado, eu citei o Tio Ben mesmo no titulo do texto. É gente, eu gosto de cultura pop, lidem com isso. 
Bom, pelo titulo vocês ja devem ter uma ideia sobre o tema do texto de hoje. Se não tiver eu digo agora. Oi amigos o texto de hoje é sobre RESPONSABILIDADE! Ou, de vez em quando, a falta dela. 
Como todos sabem eu descobri o lúpus com 12 anos de idade, ou seja, uma criança mesmo. Por conta disso tive que amadurecer muito rápido, a minha infância parece que acabou ali naquele momento. A partir daquela hora eu sabia que teria que tomar cuidado para o resto da minha vida e que essa doença ia me acompanhar para sempre. 
Aprendi a ter responsabilidade comigo mesma desde nova, afinal de contas se eu não me cuidasse ia ficar doente e isso geralmente significava internação, que era uma coisa (e ainda é) bem desagradável.
Lembro que com 12 anos eu ainda brincava de boneca, andava de bike na rua, caía, me ralava, jogava bola e tudo que uma crinaça faz, mas por conta da doença, tive que parar de fazer tudo isso que eu amava tanto por motivos de: "Você não pode correr risco de ficar doente, se cortar, vai que infecciona..." Para vocês terem uma noção, nem ir ao cinema nos dias mais "comuns" de ir ao cinema eu podia, pois muita gente no mesmo lugar respirando o mesmo ar era prejudicial pra mim. GENTE LEMBRANDO MAIS UMA VEZ QUE ISSO TUDO FOI O QUE ACONTECEU COMIGO E QUE CADA CASO É UM CASO! Se você tem Lúpus não significa que vai acontecer igual, é que no meu caso foi bem sério o negócio mesmo kkk. Enfim voltando, cinema pra mim só as segundas a tarde, sabe aquela sessão vazia? Era essa que eu ia. Intervalo no colégio, saia antes de todo mundo, pegava meu lanche e voltava pra comer na sala porque muita criança junta não pode, ou seja muitas restrições mesmo.
Na época eu me lembro que uma das restrições que mais fiquei triste mesmo foi uma excursão do colégio para o Hopi Hari que eu não pude ir porque minha médica não liberou.
Não era muito de desobedecer a ordens médicas, só quando ela me proibia de ensaiar, porque se tem uma coisa que eu não parava de fazer essa coisa era minha aula de dança, naquele momento era a única coisa que mantinha minha sanidade mental, e acredito que foi uma das coisas que mais me ajudaram na minha recuperação (Inclusive um beijo pra minha eterna professora de ballet Tia Mônica <3 Te amo tia <3 )
Eu cresci assim, mais responsável que o normal e isso veio comigo, durante a adolescência não tive aquele ataques de rebeldia que a maioria das pessoas tem, sempre fui bem de boa para falar a verdade. Acho que só agora depois de mais velha (e maior de idade) que comecei a ser um pouco mais inconsequente mas nada fora da minha realidade. Minha mãe costuma dizer que sou uma inconsequente consciente, pois o que eu faço não vai me prejudicar a ponto de eu ficar doente ou algo parecido, o máximo que vai acontecer é eu ficar ruim do fígado num domingo por um porre de sábado ou ficar com dor no pé por ter dançado igual uma louca na noite anterior, coisas que são completamente normais para minha idade.
O que eu quis dizer com esse texto é que às vezes precisamos crescer muito rápido para não nos prejudicarmos, mas isso não significa que vamos ser infelizes ou que vamos perder fases da nossa vida, cada um sabe o seu próprio limite, então viva e seja feliz!

É isso lobinhos, eu peço desculpas pela ausência, mas estava em época de provas e não conseguia postar nada. Aí fui adiando, adiando, e só voltei a escrever esses dias, não vou prometer periodicidade, mas vou tentar postar toda semana.

Beijinhos Lobísticos.